Biden afirma ter errado ao pedir que Trump ficasse como ‘alvo’ antes de ataque

Na sua primeira entrevista após o atentado contra Donald Trump, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, classificou como um erro uma fala que fez no último dia 8 pedindo a apoiadores que colocassem o candidato republicano “no alvo”.

Na ocasião, Biden disse: “Eu tenho só um trabalho, e é derrotar Donald Trump. Chega de falar do debate. Tá na hora de colocar Trump no alvo”.

O presidente falou nesta segunda-feira (15) à emissora NBC, e disse que usar a palavra alvo tinha sido um erro, mas rejeitou a ideia de que tenha empregado retórica inflamada contra seu adversário político. “[Trump], sim, utiliza essa retórica.”

Biden se defendeu da acusação feita por parte do Partido Republicano de que seus alertas sobre o perigo para a democracia representado por Trump aumentaram a tensão e a polarização no país e levaram ao atentado do sábado (13).

Um dos republicanos que insistiu nessa tese foi o senador por Ohio J.D. Vance, confirmado nesta segunda como o vice da chapa de Trump à Casa Branca. No sábado, Vance disse em uma publicação no X: “a proposta central da campanha [de Biden] é a de que [Trump] é um fascista autoritário que deve ser impedido a qualquer custo. Essa retórica levou diretamente à tentativa de assassinato”.

Quando questionado sobre a escolha de Vance como vice, Biden respondeu: “[Trump] vai se cercar de pessoas que concordam com ele totalmente”. O presidente também relembrou o histórico de ataques de Vance a Trump em 2016, quando o escritor comparou Trump a Adolf Hitler.

Na entrevista à NBC, o presidente repetiu que não vai desistir da sua candidatura apesar de pressões internas do Partido Democrata depois do desempenho desastroso no debate contra Trump.

Biden também disse que não sabe se o atentado contra Trump vai mudar o resultado das eleições, e insistiu que as pesquisas que apontam uma derrota sua em estados chave não são decisivas: “a distância não é grande”.

De acordo com o site FiveThirtyEight, Trump continua ligeiramente à frente de Biden em uma média de pesquisas que contemplam o país inteiro: 42% a 40%.

(FOLHAPRESS)



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