Atentado contra Trump: polícia refaz passos do atirador e descobre que ele comprou munição horas antes do crime | Jornal Nacional

Polícia reconstituiu 48 horas do atirador antes de atentado contra Donald Trump

A chefe do Serviço Secreto Americano divulgou detalhes sobre os momentos que antecederam o atentado contra Donald Trump.

Agentes da polícia já estavam dentro do armazém quando o atirador se preparava para disparar de cima do telhado contra o candidato do Partido Republicano, informou a chefe do Serviço Secreto Americano, Kimberly Cheatle.

“A responsabilidade é minha. Eu sou a diretora”, disse em entrevista à emissora ABC.

Um integrante do comitê que governa Butler declarou que, após ouvir relatos sobre um suspeito, um policial chegou ao telhado onde estava o atirador. E que, ao dar de cara com o policial, o atirador apontou o fuzil para ele. O agente tentou se esquivar, se desequilibrou e caiu de uma altura de quase 2,5 m. O delegado explicou que, por estar pendurado, o policial não conseguiu sacar a arma e reagir quando viu o criminoso. Segundos depois, começaram os disparos.

Nas últimas semanas, o Serviço Secreto tinha aumentado a segurança de Donald Trump. Foi depois de um alerta de que o Serviço Secreto havia identificado um potencial plano do Irã para assassinar Trump. Segundo uma porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, há anos as autoridades monitoram ameaças iranianas contra Trump.

Adrienne Watson disse que a preocupação aumentou desde que os Estados Unidos mataram o general iraniano Qassem Soleimani, em 2020, em uma operação ordenada por Trump.

Mas a porta-voz do Conselho de Segurança enfatizou que, até agora, a polícia não identificou ligações entre o atirador e qualquer cúmplice estrangeiro ou americano. A Casa Branca informou que também não considera que o Irã tenha relação com o atentado no comício. A missão iraniana nas Nações Unidas declarou que a suspeita é infundada e maliciosa.

Uma pergunta importante segue sem resposta: o que motivou o crime? A polícia já entrevistou mais de 100 pessoas. Com base nesses relatos e na perícia do celular do atirador, conseguiu reconstituir parte das últimas 48 horas antes do ataque.

Na sexta-feira (12), o homem foi ao clube de tiros de que era sócio. Na manhã do ataque, foi a uma loja e comprou uma escada. Depois, comprou 50 balas em uma loja de armas. De lá, dirigiu por uma hora até o centro de exposição onde houve o comício de Trump. Deixou dentro do carro um explosivo improvisado que estava ligado a um transmissor sem fio.

No bairro onde ele vivia, os vizinhos ainda estão incrédulos.

“Só caí na realidade quando vi os carros da polícia aqui”, conta uma moradora.



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