Conselho de Ética da Câmara escuta irmãos Brazão nesta terça
Investigados pelo assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes, os irmãos Chiquinho e Domingos Brazão, vão prestar depoimento ao Conselho de Ética da Câmara dos Deputados na tarde desta terça-feira,16. As informações são da CNN.
As medidas fazem parte da investigação que pode cassar o mandato do deputado Chiquinho Brazão, que foi denunciado ao Conselho de Ética por quebra de decoro parlamentar devido ao suposto envolvimento com o assassinato de Marielle.
Chiquinho é deputado federal e Domingos é conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro. Ao lado de Rivaldo Barbosa, delegado e ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro, eles são acusados de serem os mandantes do crime.
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As oitivas foram solicitadas pela defesa de Chiquinho para a construção do relatório da deputada Jack Rocha (PT) sobre a investigação. Ela é a relatora do caso e deve divulgar parecer em agosto, após o recesso parlamentar.
Ainda estão previstos os depoimentos de testemunhas. Thiago Kwiatkowski Ribeiro, conselheiro vice-presidente do Tribunal de Contas do Município do Rio de Janeiro;Carlos Alberto Lavrado Cupello, ex-deputado estadual; e Daniel Freitas Rosa, delegado da Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro falarão nesta terça.
Na segunda,15, o Conselho de Ética ouviu o depoimento do delegado Rivaldo Barbosa, que negou envolvimento com os irmãos Brazão e afirmou que é inocente.
A suspeita, conforme investigações, é que Rivaldo seja responsável por indicar o delegado Giniton Lages para a apuração do caso Marielle na Polícia Civil do Rio de Janeiro. Giniton é acusado de atrapalhar o curso das investigações para proteger os mandantes do crime. Ele e os irmãos Brazão negam ligação com o assassinato.
Após as oitivas, a relatora Jack Rocha deverá divulgar um parecer sobre as investigações. O relatório será votado pelo Conselho de Ética.
Se o resultado for pela suspensão ou perda do mandato, caberá ao plenário da Câmara chancelar a decisão do Conselho de Ética. Para que o mandato seja cassado, são necessários ao menos 257 votos favoráveis em plenário.
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