PIB da Bahia deve crescer 1,8% em 2024, mostra estudo do Santander

A  economia da Bahia deve continuar a trajetória positiva observada no período pós-pandemia e crescer 1,8% em 2024, projeta o Santander. A expectativa é puxada sobretudo pelo setor de serviços, que responde por 71,3% do Produto Interno Bruto (PIB) do estado e deve ter um incremento de 2%.

Os números estão em um estudo especial que apresenta estimativas da instituição por estados e regiões do país para o horizonte de 2022 a 2025. Os últimos dados oficiais do IBGE para as economias estaduais foram publicados em 2021. Para o PIB do Nordeste, é esperada expansão de 2,3% em 2024, enquanto a economia brasileira deve avançar 2%.

Autor do levantamento ao lado dos economistas Rodolfo Pavan e Henrique Danyi, o economista Gabriel Couto observa que a economia baiana teve boa performance nos últimos dois anos, com expansão de 3,1% e 2,9% em 2022 e 2023, respectivamente, segundo as projeções do Santander. “Estimamos desaceleração gradual ao longo dos próximos anos, seguindo o comportamento do setor de serviços”, afirmou.

Os economistas do banco projetam aumento de 2% para o PIB do setor na Bahia este ano, seguido de alta de 1,5% em 2025. Couto observa que os serviços mostraram resiliência no estado após o período pandêmico, com avanço estimado de 4% em 2022 e 3,5% em 2023.

Indústria

O PIB industrial baiano também deve mostrar crescimento de 2% em 2024, estima o Santander, número próximo ao previsto para o Nordeste (2,3%) no período. O resultado da Bahia representa aceleração em relação a 2022 (alta de 0,5%) e 2023 (estabilidade). “O fechamento de plantas da indústria automotiva na Bahia teve impacto mitigado por melhor desempenho da indústria extrativa”, diz Couto. A indústria representa 21,8% do PIB da Bahia, o maior peso entre todos os estados do Nordeste.

Por fim, o PIB agropecuário do estado deve ficar estável este ano, calcula o Santander, e mostrar expansão de 1% em 2025. Nos anos anteriores, houve bom desempenho do setor agro baiano, com alta de 3% em 2022, e de 5% em 2023. A agropecuária tem peso de 6,8% na economia baiana.


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